
"Uma ideia é como um vírus. Resistente. Altamente contagioso. A menor semente de uma ideia pode crescer para definir ou destruir você. As menores ideias como... 'Seu mundo não é real'. Um simples pensamento que muda tudo."
A Origem é um filme poderoso em todos os aspectos, assim como todos os outros de Christopher Nolan. De maneira simples e sem exageros seus filmes tornam-se eternos. De maneira “simples” porque Nolan preza pelo cinema tradicional e é tachada de excêntrico por causa disso. Por quase não usar efeitos digitais em seus longas ele aproxima a ficção da realidade. É basicamente isso que ele faz em A Origem, deixa um sonho real. E eles não são reais enquanto sonhamos?

Nolan já é querido pelos cinéfilos há muito tempo e a cada novo trabalho, torna-se impossível não admirar mais o seu estilo. A trama de A Origem é arriscada, mas o roteiro assinado pelo próprio diretor molda uma estória complexa de uma forma tão avassaladora que durante as mais de duas horas e meia de projeção só sentimos vontade de conhecer mais de sua ideia. Sim, tudo gira em torno de uma ideia. Uma simples ideia que pode construir cidades! Pelo menos é de onde parte o argumento de Nolan.
E ele coletou ideias de vários artistas. As obras paradoxais do pintor M. C. Escher; o filme francês O Ano Passado em Marienbad (1961), que Nolan brinca dizendo que a diferença entre os dois filmes é que o seu têm muitas explosões. O cineasta diz que também se inspirou em Stanley Kubrick e Ridley Scott. Tanta informação pode deixar o espectador confuso em certos momentos. Os personagens dão muitas informações naturalmente, pois há uma novata na equipe (Ariadne, interpretada por Ellen Page) que está ali como se fosse o próprio espectador, cheio de dúvidas. Ariadne, como na mitologia grega que resgata o amado Teseu do labirinto com um novelo de lã. A ironia de Nolan na personagem vai além e como totem a personagem tem um peão do xadrez. Simplesmente genial.

É impressionante. Cada segundo. A expectativa de querer saber o que virá a seguir nem se compara à agonia de achar que pensava que tudo estava solucionado e levar um banho de água fria com a última sequência. É obrigatório mais de uma revisão.
(Inception, EUA, Inglaterra, 2010)
Direção: Christopher Nolan Roteiro: Christopher Nolan Elenco: Leonardo DiCaprio, Ken Watanabe, Joseph Gordon-Levitt, Marion Cotillard, Ellen Page, Tom Hardy, Cillian Murphy, Tom Berenger, Michael Caine. Ação/Ficção. 148 min.
TRAILER LEGENDADO HD
Indicações ao Oscar: filme, roteiro original, direção de arte, fotografia, efeitos visuais, trilha sonora, edição de som, mixagem de som
Adoro "A Origem", especialmente por causa da brilhante montagem e da direção impecável do Christopher Nolan!
ResponderExcluirGosto MUITO de "A Origem". Para mim, o melhor filme do ano. Uma peça que é simples, mas se torna complexa por causa da brilhante direção do Christopher Nolan.
ResponderExcluirUma palavra = SENSACIONAL!
ResponderExcluirExatamente, Matheus. A direção de Nolan é realmente impecável desde o primeiro momento.
ResponderExcluirKamila, concordamos por ser o melhor filme do ano.
Eu prefiro outra palavra, Cleber: Obra-prima!
Abraço a todos.